Queira-me hoje e não para sempre.
Para sempre é muito e eu não quero parar no tempo.
Aut. Loyanne Freire
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Tava tudo fora do lugar, uma desorganização total, mas era minha vida e tudo eu entendia. Der repente chegou você e fez tudo mudar, como se encaixasse cada peça em seu devido lugar. Você veio pra somar, para me completar...
Quando arrumei minhas coisas me preparando para ir, meu maior desejo era que segurasse em meu braço e dissesse não vá, mas você nada fez, ficou ali imóvel e por aquela porta eu passei.
Sentindo aquele mesmo frio, como se o tempo tivesse voltado e tudo estivesse vivendo outra vez, só que agora sem você.
Não dá para viver de aparências. Somos o que somos. Sem máscara, sem fingimentos, sem esforço. Mas isso eu só entendi depois de algum tempo. E foi aí que comecei a viver de verdade.
Parece um crime a gente querer o diferente. Parece errado a gente querer fazer o que os parentes e amigos mais próximos não fazem. Acho um absurdo a gente ter que dar satisfação de sonhos e projetos que na realidade são só nossos. Existem coisas que são só suas. Existem escolhas que só pertencem a você. E fim de papo. E fim de jogo. E fim de tudo.
de ter com quem compartilhar a vida, as inseguranças, as coisas boas e os problemas cotidianos. Gosto de ter alguém para dar o coração. Gosto de ter alguém que nunca faça com que eu me sinta boba ou burra. Gosto de ter alguém que me respeite. Gosto de emprestar o colo e fazer cafuné. Gosto de levar café na cama. Gosto de dançar junto no meio da sala, com o janelão da sacada aberto e a música invadindo outros apartamentos. Gosto do gosto dele. E do jeito que ele me olha. Gosto do jeito que ele cabe em mim, da forma como eu me encaixo nele.
Por causa da chuva, por causa da preguiça. Sem culpa. Tem um mundo todo de gente lá fora que pouco importa. O carro bem poderia ter quebrado, ninguém vai saber se a gente não contar. Vamos nos atrasar por querer mais de nós dois.
Não deveríamos nos importar tanto assim com o que sentir. Aquela coisa de não criar expectativas por medo de se arrepender depois. Chega uma hora que isso cansa. Então percebemos que finalmente chegamos ao nosso limite e que certos tipos de sentimentos se prolongam por mais que a gente queira evitar. Percebemos que estávamos tão acostumados a fugir desses sentimentos que passamos a fazer isto de forma involuntária. Inconscientemente. E de repente em uma manhã qualquer acordamos com essa vontade louca de sentir aquela dorzinha no peito. Aquela que não nos deixa dormir e que dura tempo suficiente pra não deixar que a gente esqueça que ela existe. Tá longe de ser simples.