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29 de abr. de 2011

Choro


Como disse William Shakespeare, "Chorar é diminuir a profundidade da dor."
Mas há também os choros de alegria.
Chorar chega-me a ser algo tão natural, que eu não consigo entender, por que tantas pessoas insistem em esconder as lagrimas...
Seja aquele ressentimento guardado, a euforia de uma vitoria, de uma derrota, a dor de uma perda, aquele filme de drama ou romance que emociona, o animal de estimação que não sobreviveu, a alegria na chegada de um novo ser, a despedida de um amor, o time que perdeu, o arrependimento de algo... Todos tão involuntários, tão espontâneos.
Acredito que não se deve deixar preso um choro.
Para as mulheres, fora sempre mais “fácil” chorar, apesar de às vezes querer se isolar para desencadear lagrimas cheias de sentimentos... Tão frágeis, ingênuas, delicadas, inseguras... Mulheres não têm vergonha de demonstrar seus sentimentos, de mostrar suas verdades.
Há aqueles que dizem não chorar por serem homens, vejo isso como machismo...
“Um homem não tem olhos? Não tem também mãos, sentidos, inclinações, paixões? Porque é que um homem não devia chorar?" (August Strindberg)
Eles também choram, e é tão lindo vê-los chorar, como um paradigma a ser quebrado, um paradigma no qual eles mesmos opuseram a si... Eles fazem pose de durões, mas quando são pegos, toda essa solidez entra em estado de fusão, parecem manteigas derretidas. E nós mulheres ao ver isso, é como se estivéssemos sendo presenteadas com o descobrir de sentimentos que pode haver em um homem, é mágico.


Aut. Loyanne Freire
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