Há algum tempo atrás, fazíamos fogueiras em frente de casa, e ficávamos até tarde da noite na rua, era permitido naquela época, não tinha perigo. Ficávamos ali horas e horas, conversando, brincando...
A casa ao lado da minha não morava ninguém, então usávamos a frente dela para a fogueira em noites frias, os meninos, antes da fogueira criavam algumas coisas estranhas dentro desta casa, assombravam ela, tinham idéias mirabolantes para isso, e em quase todas as noites, no decorrer das conversas, das estórias que eles inventavam, olhavam para a casa e falavam que tinha algo nela, eles mostravam, e todo mundo ficava com medo, medo do desconhecido, não sabíamos o que era, até eles serem desmascarados, era uma diversão só. Mas mesmo assim quando eu ia dormir, escutava barulhos na casa, (risos) coisas da minha cabeça talvez.
Éramos tão inocentes, ingênuos, nossas vidas eram tão animadas... A vida muda, o tempo passa e crescemos. Queríamos ser grande e agora somos. Só não sabíamos que essa tal responsabilidade e a vida de adulto seria tão difícil.
Saudades dos tempos de fogueira, de conversas jogadas foras, das estórias de terror, saudade de minha infância sem preocupações.
Aut. Loyanne Freire
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